on quarta-feira, 28 de outubro de 2009 | 5 cousas


Às vezes, tenho a mania péssima de imaginar situações bizarras e trágicas. Como quando tô no trânsito e o caminhão pesado ao meu lado batesse de verdade no meu carro. É também de imaginar que a serpente que adormece embaixo da ilha, enfim, acordasse e aparecesse na minha frente para me devorar. Outro dia, eu estava parada no sinal e, observando o que os motoristas dos outros carros faziam enquanto o sinal não esverdeava, imaginei um buraco abrindo no meio da avenida. Vi que o diretor não estava nem aí para mim, então, meu carro caiu num abismo sem destino.

Parece ser inspiração filmesca daquela pessoa que passa horas trocando de vídeos, especulando tudo de mais ficcional com ela mesma. A questão é que, embora eu não esteja dentro de um filme, sinto como se todas as cenas que eu imaginasse fossem cenas de coadjuvantes ou cenas de passagem. Nada que, além de assustar, possa ser determinante para o final de um enredo.

E, como se a vida imitasse a arte [ou a imaginação], parece que estou sempre coadjuvando, puxando a orelha de alguém, empurrando-o pra frente, erguendo-o ao máximo de suas limitações e esquecendo que as forças para mim faltam. Cansei de não ser a heroína. Não quero ser a sofisticada, a invejada, a beijada pelo protagonista. Ah, mas também não quero ser aquela que ajuda, ajuda, ajuda, cai no buraco, se levanta e no final dá um sorriso de bondade. Quero ser aquela que é feliz do começo ao final, sem buracos, serpentes ou caminhões. Putz! "Ô, seu diretor! Paremos com esses filmes de sessão da tarde, por favor!"

E você?! Qual o seu papel na trama?

5 cousas:

...aquela que voa disse...

Protagonistas também enfrentam buracos, serpentes e caminhões - e são felizes no seu "pra sempre". Bjs e que Deus a abençoe :*

...aquela que voa disse...

Oi Luana! Que querido seu vôo por meu céu de brigadeiro. Obrigada :) Não sou nova na Blogosfera, não. O ...aquela está no ar desde 03.03.07 - e antes eu tive outros dois ou três blogs. Mas nos últimos tempos a paixão por esse universo aumentou! A lay tá novinha e tenho voado por muitas páginas lindas, como a sua. Posso te dizer? Também amei minha nova lay! hehe. Estou expondo ao mundo minha paixão {nunca secreta} pela Audrey Hepburn, e isso ficou ainda mais claro agora, no blog. Que bom que você gostou :) Bom mesmo, me deixou feliz! Bjinhos e fique à vontade, que o céu é todo seu :*

Amigao disse...

Eu sempre me imagino em um Lugar Chamado Notting Hill.
Abrindo a porta e quem está lá chamando? Julia Roberts.
Não necessáriamente a Julia, logico, mas meu papel seria este, abrir a porta e dá de cara com alguém que sempre sonhei.
Mas faz tempo que a campanhia aqui não toca.

beijão do amigão!

disse...

Caaaaaaaara! Adorei as fotos!!!

Dulce Miller disse...

Engraçado é que li este texto e esqueci de comentar, gostei tanto... enfim... meu papel na trama está sendo me reerguer e não é nem do fundo do poço, é do lençol freático mesmo, como disse a Nati!
hehehe

Nossa vida é cinema. O amor é filme.