A cientista, finalmente, chata

Freela da Luana! on sábado, 9 de agosto de 2008 | 10 cousas

Vocês já conferiram neste blog, quantas vezes que já me chamei de chata? Eu nunca conferi, mas vou falar um segredo pra vocês: isso era charme. Eu até sou uma pessoa legal e divertida, embora, às vezes, tenha ataques de antisociabilidade. Podem acreditar! Não é enrolação.

Mas sabe? Por tanto falar que sou chata, acho que vou ou já estou virando uma. Acabei de sair de uma conversa com um amigo (ele, sim, é podre de chato) vagal, onde, dentre tantas pautas importantes para a seleção darwiana da espécie humana, a última era a minha pesquisa para o projeto de mestrado. Nos últimos dias, não tenho tido tanto tempo para os amigos. Se eu não estou trabalhando (em dois lugares), estou pensando em projeto de mestrado.

O tema não está fechado, mas advinhem onde irei parar? Na blogosfera, novamente! Nem adianta! Eu amo pesquisar e estudar blogs e suas interações sociais e comunicacionais. Talvez, seja fetiche...sei lá...só sei que é algo que me intriga e me anima um bocado, então, ótimo tratar de algo que nos dê prazer. Mas sim, voltando...o meu amigo vagal não tem nada pra fazer e sugeriu que eu permanecesse com ele online conversando e procurando ~~bobagens~~ blogs.

Para que ele compreendesse que não posso embarcar na santa vadiagem blogosférica, apresentei a ele o que seria o meu tema e, ainda, o resumo desse. Ele soltou um "que horror! gente, ela ja fala como num artigo centífico". Diante disso, me dei conta do quão chata JÁ estou ficando. Se bem lembro, meu (ex) orientador, que se tornou meu conselheiro de pós(monografia), disse que a vida de pesquisador científico é chata.

Fiquei vislumbrando como será meu futuro: a linguagem tende a ficar mais cientifica, os assuntos cansativos e nada interessantes para os que não interessam (óbvio), a vida social restrita aos congressos e às reuniões acadêmicas...entre outras coisas. Acho que, depois de tudo isso, vou me aceitar gorda, de óculos fundo de garrafa, cabelo desgrenhado, livros amarelos ao redor e sem amigos.

Pois sim! Pelo menos, se os amigos que tenho hoje não compartilharem de anseios científicos como eu, quem vai querer papear comigo sobre Lévy e Castells? Quem vai querer me ouvir falar sobre projetos e projetos? É! Deixa eu preparar uma xícara de café!