on domingo, 17 de outubro de 2010 | 3 cousas

Hoje, eu estava lembrando com o meu amor sobre algumas prendas que a minha mãe seguiu por superstição e também de algumas situações que, obviamente, ela não provoca por maldade, mas que sempre me ferra. Vamos aos causos, sem ritmo cronológico, mas com desafeto ao ridículo.

Quando eu tinha 10 anos, havia um garoto da minha turma que eu achava uma gra-ci-nha-nha-nha. O nome dele era Vinicius, era inteligente, mas muito pá-virada. Era descolado, aos 10 anos (sim) e lia bastante. Eu sempre comentava sobre ele com a minha mãe, pois, por coincidência nesse ovo de codorna ludovicense, ela era amiga do pai dele; mas ela não conhecia pessoalmente o rebento caçula (e gatcheññño) do amigo, até que ela foi a uma das reuniões de pais e resolveu dar uma passadinha na minha turma para constatar se eu era realmente um exemplo de aluna comportada dãã. qual estudante não se torna comportado no dia de uma reunião de pais?. Logo ela me perguntou quem era o rapazote dono dos meus suspiros infantis e eu apontei. Para quê?! Lá foi ela, o abraçou e soltou um: "Ah, você é o Vinicius, por quem Luana é apaixonada?" Ok, pulemos a parte de eu nunca mais querer aparecer na escola e olhar pra cara do meu primeiro amor platônico.

E, nessa mesma época, eu ainda fazia xixi na cama. Assim como hoje as pessoas educadas e velhas dizem: "olha, como Luana cresceu, está um mulherão, muito bonita"/ e mamãe retruca: "pois é. quem via aquela menina mirrada quando criança, jamais imaginaria que ela engordaria tanto, né?! não sei mais o que eu faço com ela"; já aos dez anos, ela fazia questão de dizer aos que se impressionavam com o meu crescimento normal repentino: "não é?! tamanha mocinha dessa...10 anos...e ainda faz xixi na cama". #shameon Intrigada com essa minha anomalia bexiguiana, a minha vizinha indicou à minha mãe que me deixasse, por duas noites seguidas, fazer muuito xixi na rede, sem trocar o meu lençol ou trocar a minha roupa. Assim que eu acordasse, com a ajuda de outra pessoa, mamãe torceria a rede toooda xixizada sobre a minha cabeça. Se a prenda deu certo? Talvez, o trauma sim! Xixi na cama ou na rede nunca mais.

Três anos mais tarde, escorreguei na matemática. Eu estudava em escola de freiras e, lá, quem tirasse nota abaixo de 6,0 só tinha o boletim recebido pelos pais. Eu era cedê-efe, então mamãe jamais receberia um boletim meu na escola, até o fatídico dia em que eu tirei 3,0 em matemática. O professor resolveu fazer diferente e entregar as provas a todos as alunas, sob a condição de aquelas que tivessem tirado nota abaixo da média retornassem seus testes com a assinatura do pai ou da mãe. E, então, mamãe escreveu: "com muita vergonha da filha que nasceu só para estudar e não o faz, assino esta prova". O que o professor fez?? Orgulhoso do reconhecimento da vergonha da minha mãe, leu em voz alta: "ouçam o que a mãe de Luana escreveu". Nunca mais tirei nota abaixo de sete em matemática. Hunf!

Enfim, se você acha que a sua vida anda calma e precisa dar uma traumatizadinha ou, talvez, apenas precise se atentar para algumas falhinhas naada básicas que você tem e todos percebem, menos você, contrate o BULLYING GRATUITO, uma oferta da minha mamãe, dona Rosa. Ela não tem piedade, rá!

3 cousas:

Kátia Moreira disse...

Depois de muuuuitos anos luz sem visitar vc, cheguei aqui e vi o qto está legal o seu blog! Amei...

Aline Cristina disse...

Ai, Loulou, que a Rosa não conheça a Tereza e que a Tereza não coenheça a Rosa. Quando eu era criança, dizia para Lana que no final do dia as mães saiam de casa por um buraco que ia dar num pátio central, onde todas as mães se reuniam. Lá no centro da terra, sabe? Era a reunião diária das mães para relatorias, dicas, iniciação... essas coisas. De lá saem as ideias diabólicas, o mal humor [não é fácil cruzar a terra todos os dias] e também os planos de salvação.
A terra, de fato, é fértil.

Luana! disse...

Não é à toa que chamam terra de mãe, né, Crisolda?

P.S.: as histórias mais mirabolantes, definitivamente, são tuas =P