on sexta-feira, 5 de março de 2010 | 0 cousas

Lembro orgulhosamente que, aos 12 anos, fui líder da equipe campeã do campeonato de conjugação de verbos. Eu era pirralha e só pensava em estudar, em falar tudo gramaticalmente correto e ser elogiada pelo irmão mais velho. Quem nunca quis a atenção para os seus feitos, uai??

Levei tão a ferro e fogo o incentivo do português gramaticalmente correto, que acabei me inscrevendo num curso de Letras, cuja conclusão está prevista para 2012, o que totaliza 09 anos de curso. Essa lorota já é conhecida, mas eu não imaginava que, após tantos revertérios familiares, a pergunta "está estudando português?" pudesse mexer tanto comigo.

É que os mesmos revertérios familiares, que não me deixavam imaginar que tal frase tirasse um sorriso contente do meu rosto, afastaram fisicamente a mim e a meu irmão mais velho. Porém, a saudade que ocupou esse espaço físico me arrastou pesada e confiantemente para reencontrá-lo, abraçá-lo e dizer: oi, comigo só ficará bem se você estiver bem. então, diga-me como se sente que saberás como eu me sinto.

E, nesse entendimento de metas e objetivos de 'ser alguém na vida', saí do reencontro com uma gramática para concursos debaixo do braço. Pode parecer estranho para qualquer pessoa, mas para mim é a atenção e preocupação consentida.