on segunda-feira, 3 de março de 2008 | 10 cousas

Por ti e contigo, comecei a acreditar em encarnação, em outras vidas. Tenho certeza que, em alguma vida, fostes a minha mãe; noutra, deves ter sido a minha filha; em mais alguma, fomos irmãs; ainda houve aquela, em que fomos almas gêmeas; mas só, nesta, estamos exercendo nosso carma, por completo, sendo grandes e melhores amigas.

Já não me restam dúvidas quanto à nossa ligação, que, ora, é apenas a surpreendente telepatia numa ligação telefônica; e ora é a dor do meu descaso corrompido por teu perdão. E não tudo pelos dez anos de companheirismo e cumplicidade, mas só por eles. Pelas inquietas trocas de confidências, sem máscaras; pelas cartas amáveis; pelas agendas; pelos chocolates; pelas tentativas de ajuda; pelos choros compulsivos; pelas raivas deslocadas; pelos colos macios; pelas brigas; pelas palavras nunca vãs; pelo romantismo; pela pieguice e por nós duas.

A data de celebração pela nossa primeira década juntas deveria ser uma missão tua lembrar, já que tu não te desprende dos dias, dos meses, dos anos. Mas o início da nossa amizade não foi tão significativo quanto ela é hoje, para que tu lembres, por isso relevo. Ainda mais porque fui eu que deixei de acreditar no 'nunca' e no 'para sempre', afirmando um não a ti, numa grande injustiça.

Espero que tenha sido um momento qualquer entre vários momentos quaisquer em minha vida, que passou a existir somente quando você entrou. Mas já não me vejo, amanhã, sem ti e nem depois. Os planos de casarmos, com os respectivos homens das nossas vidas, na mesma data, na mesma igreja e na mesma hora, nem sei se ainda persistem; assim como o sonho de engravidarmos juntas e palpitar na educação dos nossos rebentos...conversas de amigas, comendo torta de chocolate, expectando em diários adolescentes com códigos secretos o quê a vida poderia dar.

Cena que ainda adultas não deixamos de repetir, como se o operador do nosso filme tivesse estragado o restante da película. Sonho que essa película fique tão velha quanto nós e que continuemos deliciando as nossas tortas de chocolates, numa típica cena preto e branco de ver as nossas gerações seguintes de mãos dadas, como ainda hoje nos propomos caminhar.

NUNCA Esqueça Que Eu Amo Você! NEQEAV!

10 cousas:

Juliana Freitas disse...

Nem li... vi a foto da torta e engordei 5kg! Quando você postar alguma coisa mais light eu leio! =P

Julia Dietrich disse...

Querida!
Há tempos não passava por aqui...
Saudades da tua escrita.
Adorei a postagem...bom ter pessoas assim, não?!
E, sobre a imagem...o amor é totalmente "engordativo". Um doce que se consome quase que continuamente a partir da primeira mordidinha. E existem amores que assim como a figura mitológica da fênix, renascem vida-após-vida, como mães, irmãs, amigas...etc...
Saudades de lê-la. Voltarei em breve!

Gabrielle disse...

Como é bom ter uma amiga assim, não é? Puxa, dez anos! Preserve esse laço por mais dez, quinze, trinta anos...
Sabe, de tantas pessoas que entram e saem da nossa vida, temos que agradecer por ter as mais preciosas ainda presentes no nosso dia a dia. Não tem nada melhor do que poder contar as novidades para alguém, pedir ajuda (e oferecer também), dar muita risada, trocar segredos, fazer planos bem "menininhas" (como casar na mesma igreja e ser madrinha dos filhos da melhor amiga), enfim, tudo isso é mágico. É algo que não tem preço.

Beeeeijo!

Nando Damázio disse...

Essas amizades que ultrapassam existências são eternas, não morrem com o corpo, persistem por todas as vidas !!

Deu água na boca este post hein !!

Beijo, Lukinha !!

Belinha disse...

Oi estou a visitar blogs e passei pelo seu.
Parei logo ao ver a foto, que delicia.
Gostei dos textos vou passar mais vezes.
Jokas

Polyana Amorim disse...

admiro amizades que ultrpassam os anos, as fases de transição da vida, que passam da escola e reistem. A amizade de vcs tem cara que vai existir pro resto da vida, não importa o rumo que cada uma tome.

espero que a nossa tbm faça dez, vinte, trinta anos. na verdade, parece que ela já tem um século.

bjos!

Maria Fernanda disse...

Ah moça, que texto lindo.
Amar, amar, amores.


PS: Desculpas pelo sumiço. A vida cansativa recomeçou e eu demorei a me acostumar com ela. Agora que a criatividade está de volta e a inspiração idem, aparecerei mais vezes! Beijos ;*

Alberto Júnior disse...

DNS

Luana Diniz disse...

- ahahaha. Olho grande sobre a minha torta? Faz mal mesmo, Ju! ahaha
- Ô, Julia! E eu estou em falta c vc! Mas vou passar pelo seu espaço, viu?
- Eis a chave, querida Gabi: preservar. Estamos lutando para.
- Ô, gente! Até tu, Nando? Parem de querer comer a minha torta! :-p
- Obrigada pela visita, Belinha!
- Ahhh, Amorim! A nossa...Cara, parece mesmo que tem séculos e mais séculos durarão. Nem me imagino sem ti mais. _TAPCP_
- A Fê sem inspiração? Aceito a justificativa da vida cansativa, ocupada, mas sem inspiração não! ;)
- DNS :)


Beijooooos em todos

Natália disse...

Minhas melhores amigas são dos tempos de escola. E como eu as prezo... assim como o tempo que nos conhecemos.
E sim! Essa torta está absolutamente tentadora.