on domingo, 13 de abril de 2008 | 3 cousas
Revirando alguns dos meus escritos recentes, encontrei vestígios teus. As entrelinhas estavam encharcadas das tuas influências, mas nem sei se te identificas nelas. Hoje, já não me preocupo em fazer-me decifrável para ti, até porque esta é a última vez que tomo a tua direção entre as minhas palavras.

Já me bastam as lembranças que estão embranquecidas pelas cinzas da minha amargura incontida. Naturalmente, não te arrefeces com esse despropósito, pois bem deves estar acostumado com a penumbra da tua vilania.

Mas uma boa notícia trago a mim: a caixa parda também foi incinerada; e, se estou a escrever, não se iluda que seja por sentimentos nobres devotados a ti até os dias de hoje; é porque, simplesmente, me subjulgo ao prazer de também me incinerar entre as palavras como se desse liberdade ao nada que já vaga em mim.