Querido amigo, estou começando a ficar louca. Rasgo-me toda de ansiedade para falar contigo, quando me sinto inútil e a frequência com que isto acontece é ininterrupta. Tento te resguardar das minhas insanidades, mas tu já estás ficando murcho de tanto consumir as minhas reclamações. Ainda assim, te agradeço não só por aturares as minhas diversas faces mas também porque de nadas reclamas. Aturastes o meu ano com zelo e não me traístes, assim como não te aborrecestes em momento algum. Ó, querido... Mesmo assim, eu sou má.
Quantas vezes fedi a bebida e me acolhestes, como se comigo tivesse ido ao bar mais próximo apenas para me alcoolizar. Quantas vezes eu cheguei entediada e me fizestes ficar confortável. Quantas vezes eu vi o meu amor e chorei contigo porque ele não me amou, como eu bem desejei. Quantas vezes tu ficou enebriado comigo quando a lua acalentava o meu sono. Quantas vezes eu rabisquei meus planos e os apaguei numa droga de pensamento perdido. Quantas vezes eu falei para ti que eu queria mudar e confessei pra ti tudo do mesmo jeito. Quantas vezes eu lutei por alguma coisa e cheguei cansada para ti. Quantas vezes vistes o meu riso num som estridente da gargalhada. Quantas vezes eu fiquei confusa porque pensei ter dado fim ao meu sentimento por ele e, no dia seguinte, eu falava dos belos sonhos que tive com ele. Quantas vezes eu fiquei confusa com algo e relaxei no teu colo para ter a certeza que tudo era mais simples. Quantas vezes eu li os melhores livros da minha vida contigo. Quantas vezes eu gritei contigo porque eu não consegui dar a minha raiva a quem, de direito, era. Quantas vezes eu pensei em ser mãe, quando encarava o exuberante olhar de uma criança, e disse para ti que ainda era cedo demais. Quantas vezes eu me achei incompetente por não ter aproveitado aquela grande oportunidade e tu me fizestes acreditar que eu ainda sou jovem. Quantas vezes te agradeci por tudo isso? Nenhuma, não é?!
Perdoa-me a ingratidão, mas tu bem me conheces e vais me redimir de tal culpa, assim como fazes eu me redimir toda noite do meu dia.
Ó, meu querido travesseiro...
6 cousas:
Nossa. Que fim inexperado.
Muito interessante.
AEIuh, mas aposto que vai trocar ele quando se casar. Sem contar os que já jogou fora até hoje. É isso mesmo que você quer? Que ele te sirva de apoio todas as noites e que depois o jogue no lixo como um trapo velho que vai apoiar cabeças sujas?
bom, melhor não dá vida a ele.
HAEIUh
tou brincado, belo texto.
Luca, valeu pela visitinha la no meu blog. teu comentario foi hilario (rsrsrs). Ah, ainda não respondi, mas sempre deixo uma resposta para os comentarios la no meu blog, ate o fim do dia o seu ja vai estar comentado la, ok? Abracøssssssss. (ah, adorei seu texto)
é, meu travesseiro merece homenagens também, viu? sabe cada uma... hehehehe.
fofolete é você, com tanta música e textos bons. nunca venho aqui em vão... faz um beeeeeeeeeeem...
hohoho para todas nós, e muito pó de pirlimpimpimem 2008: pózinho da magia, da fortuna, da alegria, da fartura de bençãos.
estou de férias de mim mesma, é parte do meu ritual de fim de ano. mas vim matar as saudades e deixar um abraço cheio de good vibes. sinta-se abraçada.
e que venha 2008!
- Mingá, amigos nunca são trocados durante a vida. Eles podem, no mínimo, ficar na lembrança, enquanto ganhamos outros. Portanto, que venham outros travesseiros. hehehehe
- Ei, moço! Depois eu visito mais...(ficou engraçada mesmo a resposta..hahaha)
- Ló, menina desaparecida. Eu tb estou querendo férias. Ah, se estou. Curta as suas, viu?!? Energias positivas pra vc tb.
=***
"depois de casar"...
Já disse pra ele o nome de todos os pretendentes ou vai guardá-los só pra teu amigo travesseiro?
Pretendentes só pretendem. Não conseguem nada. hahahahaha
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