on domingo, 2 de dezembro de 2007 | 5 cousas
A Volta, de Yole Travassos

É! Voltei. Voltei e o post abaixo foi só para refrescar a mente (=D). Hoje, encerrou o Seminário Mercado, Mídia e Alienação na Sociedade Pós-Moderna. Serei sincera que eu estava mais interessada no certificado que receberia para fazer meu Curriculo Lattes 'latir' (brincadeirinha), do que no próprio evento e, de certa forma, não me frustrei exatamente por não ter criado expectativas. Ao contrário do meu amigo, que está fervendo a sua monografia e necessitava aprofundar seus conhecimentos em Pós-Modernidade. E, olha, que ainda o avisei que a palavrinha 'Pós-Moderna' no título do evento era apenas para demarcar tempo/espaço e nada mais. Tanto que o primeiro palestrante foi bem direto ao definir o termo (Moderno velho com roupagem nova e mais grosseiro) e os demais apenas evocaram a era para ilustrar o neo-liberalismo.

Mas também serei sincera que o início do primeiro dia me deixou motivada a, finalmente, dar o pontapé inicial para a minha pesquisa monográfica. Os organizadores do evento são de um Instituto de pesquisa da Filosofia da Educação e de uma Ong, que trabalha com jovens comunicadores. Os jovens são do interior do estado e da própria capital. O trabalho desenvolvido com eles está diretamente ligado à educomunicação, exatamente, a área para a qual prestarei provas para entrar no mestrado. Ah, não vejo a hora desse grande dia chegar. Me formo (Deus quer), em junho; faço as provas, em outubro; descanso até fevereiro e parto de vez para São Paulo, antes de março. É, só poderei zarpar daqui, em 2009. Enquanto isso, vou pesquisando, estudando e procurando outro trabalho. Pois é. A partir da semana que vem estarei sem estágio, mas até que não estou lá preocupada com isso, porque sempre me viro.

Mas, voltando ao Seminário...Na manhã do segundo dia, tivemos a oportunidade de ouvir um psicanalista. Essa parte foi muito boa. Ele falou sobre a relação libidinal do sujeito com o outro e do gozo compatível ao sofrimento. Tudo na linha de Freud e de Gramsci (socialismo). Na parte da tarde, dois jornalistas fizeram uma mesa redonda, que me deixou, literalmente, tonta com as informações nada novas que eles traziam para o debate. No dia seguinte, participamos de uma oficina, onde trabalhamos o vídeo, como ferramenta pedagógica. Tudo bem que eu tinha me inscrito na oficina de impresso, mas a preguiça (domingo, dia de ficar na cama...) de descer para a outra sala foi tão grande, que acabei ficando por lá mesmo.
A propósito, no final da oficina, a oficineira colocou o filme Anjos do Sol, para rodar por 30 minutos. Eu assisti a esse filme há três meses, durante o projeto 'Direitos Humanos da Criança e Adolescente: Respeitar para Difundir', da Agência de Notícias da Infância Matraca. E hoje ele teve um impacto maior sobre as minhas sensações, exatamente, por já tê-lo assistido. Me angustio com cada cena, com cada expressão facial da personagem principal, embora seja só um recorte da realidade dentro da ficção. Eu não vou repetir as críticas que eu tenho a respeito aqui. Repetir, porque, na primeira vez em que assisti, escrevi sobre no meu outro blog. No outro post, colocarei o texto na íntegra, ok?!

...

Pronto! Fiquei sem palavras agora... :( Ah, se alguém aí tiver material sobre educomunicação, por favor, entra em contato comigo!!!!

5 cousas:

Dragus disse...

O único problema de se combater a prostituição infantil é que algo extremamente rentável que se baseia em uma cadeia de problemas que esbarram todos na política da miséria, ou seja, não adianta prender pai que vende a filha pra puteiro, tem que fazer o pai ter como não precisar vender.

Luana Diniz disse...

Certamente, 'Dragus'.
Por isso mesmo, que eu discordo da banalização do tema a uma mera 'sem-vergonhice'. Como críticos sociais, devemos procurar os pressupostos para o evento.
E os pressupostos, na prostituição infantil, assim como o trabalho, a evasão e a violência infantil, têm vários propulsores.
Investigá-los já é uma abertura para a quebra de pré-conceitos e formação de soluções. Pois o pré-conceito ou, ainda, a ignorância é a maior barreira para expulsar a miséria social das nossas vidas.

Obrigada pela visita.

*^.^*

Arthurius Maximus disse...

Uma realidade cruel e que mancha nossa sociedade com a pior mácula possível. Infelizmente, nossas autoridades e a população em geral parecem não querer ver o que se passa com essas crianças.

Pedro Menezes disse...

N�o assisti ao filme Anjos do Sol, mas gostei muito do texto da autora, muito bem escrito.. Fiquei curioso.

Luana Diniz disse...

Agradeço pela parte a que se refere à minha escrita, Pedro.
Quanto ao filme, passe da curiosidade!

*^.^*