on terça-feira, 4 de dezembro de 2007 | 10 cousas
Quero dormir e, a 21 dias do natal, coloquei os enfeites natalinos pela casa. A 27 dias do novo ano, estou colocando as lembranças de 2007 sobre o travesseiro.

Olhando para os enfeites e para as lembranças, percebo algumas diferenças. Talvez, uns brilhem mais que outros; talvez, uns sejam maiores que outros; talvez, uns sejam menos coloridos que outros; talvez, uns sejam mais bonitos que outros; talvez, uns sejam mais delicados que outros; talvez, uns sejam mais leves que outros; ou, talvez, uns tenham sido mais caros que outros.

O quê? A guirlanda maior do que a briga entre mim e a minha grande amiga? O papai noel bailarino mais caro do que o 'Saramago' que a minha outra grande amiga me deu, no aniversário? O pisca-pisca mais iluminado do que o olhar de saudade antecipada da minha grande mãe, quando eu contei que faria mestrado, em São Paulo? O sino menos colorido do que a mágoa entre mim e meu grande irmão? A bola mais delicada do que o nascimento do meu grande pequeno sobrinho? As velas mais bonitas do que o dia em que eu me mudei para a casa nova? A árvore mais leve do que o dia do meu aniversário, em que eu mergulhei no mar com a minha matriarca?

Hã?! Droga! Preciso trocar os enfeites que eu deixei pela casa, depois eu volto ao meu travesseiro para libertar o meu espírito ao encontro de outros espíritos, que juntos continuarão enfeitando a minha vida de incomparáveis sonhos.


*Muchacha en la Ventana, do surrealista Salvador Dali, enfeitando o post.

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10 cousas:

Antonoly disse...

A pintura do Salvador Dali é fantástica. Gostei de seu blog!

www.ooohay.wordpress.com

Eduardo Mingá. disse...

Lua, que bonito o seu texto.
O Natal e o ano novo. Nossa, eu sempre sinto uma coisa estranha quanto a isso.
As vezes eu penso que não tenho mais os natais que eu quero. Nem a propaganda da coca-cola é mais a mesma. De todo o fato há vários talvez. Bom, pelo visto você tem sorte dos olhares de saudades antecipados e do nascimento do sobrinho e tudo mais.

Talvez o Natal seja pra isso mesmo, pra gente saber as coisas boas que temos. BeijO!

Luana Diniz disse...

Ah, Antonoly! Dalí é divino, não?!

Mingá, tu já viu a propaganda de fim-de-ano da Globo? Eles entraram na era da digitalização meeeeeeeesmo!!!
Detestando ou não a Globo, ela tem sacação e essa propaganda nos enfeitiçava por uma bendita mensagem subliminar. Tanto essa quanto a da Coca-Cola. Bem lembrado.

Putz!

Arthurius Maximus disse...

Realmente essas estatísticas são uma grande propaganda do impossível. Vejo pelo nível de comentários absurdos que recebo em meu blog. Se você escrever mais de cinco parágrafos, chovem pessoas com comentários vazios e que demonstram claramente que nem sequer leram o artigo.
O Brasil tem que começar a se preocupar mais com qualidade e deixar de lado um pouco a qualidade. Um exemplo clássico são as escolas. De que adianta ter quase 90% das crianças matriculadas de 99,999% deste número sai da escola da mesma forma que entrou; praticamente analfabeta?

Everaldo Ygor disse...

Olá
Belo blog
Realmente o deserto mental na rede é gigante...
Um bom texto, que nos faz lembrar o quanto somos bombardeados por todo tipo de porcaria diariamente... E mais essa agora, Blog em Inglês...
Abraços!
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/

Luana Diniz disse...

Números...podemos dizer que estamos na era dos números. Assim, como tu citastes acima, Arthurius; e assim, o Antonoly falou sobre listas no blog dele.

A qualidade é rarefeita, hoje em dia.

alexandre disse...

Concordo em todos os graus possíveis! Menos com seu professor rsrs Há quem diga que no passado as pessoas costumavam ler mais, mas acredito que isso é pura ilusão... Claro, não tenho nada em que apoiar sobre isso a não ser meu ponto de vista xD Mas sei lá, acredito que sempre houve um equilíbrio. A única diferença, é que antigamente tinham aquelas fotonovelas ou os romances publicados em jornais :)

AH! E eu faço matemática, tá? rs Mas tá, eu odeio essa facul.

Beijos

Luana Diniz disse...

Por incrível que pareça, 'Caju', a história beletrista brasileira é manchada pelo caos. Eu não vou postar aqui, mas só te informo que ANTES havia a proibição de impressão de publicações e mais tarde estas só chegavam às mãos da classe burguesa.
Enfim, é...eu já amei matemática um dia.

=D

annk disse...

não posso deixa passar despercebido e sem comentar, tudo aqui é tão ótimo. (:
eu gostei, inté.

Luana Diniz disse...

inté!
:)