on domingo, 2 de dezembro de 2007 | 4 cousas
Como eu prometi no post abaixo, segue o texto que publiquei no meu (primeiro) blog sobre o filme Anjos do Sol*.



Debate. Palavras graves. Um minuto de silêncio. Fim do filme. Retorna para o começo. O filme. Chegando atrasada no curso. Ansiedade. (...) "Já assistiu Anjos do Sol?"

Essa foi, de trás pra frente, a rota para assistir ao filme citado acima. Desde já dou uma informação levantada durante o debate: o filme foi produzido pela Globo Filmes, assim como tantos outros de denúncia, reflexão e arte o são, no entanto, não são exibidos. Mas a informação mais relevante é sobre que denúncia ele pesa, a que reflexão ele nos faz chegar e que arte ele retrata. Antes disso falo sobre o silêncio, cuja duração é mais impactante pelos rostos angustiados de pessoas sensibilizadas e inertes, como se estivessem buscando as palavras certas para explicar o desespero pela inutilidade. O silêncio é o retrato da revolta, do nojo e também do despertar. Sabe quando você descobre que seu mundo é muito maior do que você imaginava ser? Foi mais do que isso que aconteceu. Descobrimos que nosso mundo é o do outro e que o outro tem um mundo e que todos os mundos juntos formam um universo cheio de sujeira, jogada para debaixo do tapete de uma sociedade complascente com essa sujeira.

Voltando ou partindo para as informações prometidas anteriormente, serei direta: DENÚNCIA: prostituição infantil; REFLEXÃO: As redes que se emaranham entremeiam a casa familiar; ARTE: O sorriso de uma criança.

Inspirado livremente em diversos artigos publicados na imprensa, 'Anjos do Sol' fala sobre o mundo da prostituição infantil no Brasil através da história de Maria - uma menina de doze anos de idade que é vendida pelos pais e cruza o Brasil numa longa jornada, forçada a se prostituir para sobreviver enquanto busca um futuro melhor.

A prostituição infantil é amparada por todos, desde a família a mim e a você que lê este post. Basta ver como as pessoas pré-conceituam as mulheres que vivem nessa vida, como se elas já não tivessem uma história de infância maltratada, cuja reprodução artística mais ingênua é mutilada e camuflada: o Sorriso!

Este filme deve ser assistido não apenas pelas instituições organizadas contra esse tipo de crime contra a criança, mas deveria entrar na casa de cada um, assim como entra o paraíso tropical, que retrata a prostituição para além da ficção, sendo que ela é mais real que qualquer "catiguria".

Creative Commons License

*Se vocês quiserem assistir, já está disponível em DVD.


4 cousas:

Tatiana C. Mendes disse...

Tem um selo de “Elite” pra você aqui:
http://tomates-verdesfritos.blogspot.com/2007/12/blog-de-elite-234.html.

Abraços!

Nana Flash disse...

Credo, parecia eu no fim da faculdade. Mas ai depois de um mes nessa loucura eu defini as prioridades e tive que me desligar de algumas coisas... mas era isso ou a sanidade mental.
Boa sorte ai proces :)
Bjs

Toscos e Ralados disse...

e no fim das contas, ela acaba ajudando a gente mesmo...

saushuahsuahsuahsua

não fossem as palavras sensatas dela, alguém que esteja sóbrio dessa coisa toda de fim de curso

Polyana Amorim

Luana Diniz disse...

Nana!!!
Qto tempoOooOOOooo...
Obrigada, Tatiana!
Poly, tu é uma tosca mesmo. Só com a atualização do Ralados pra tu reaparecer por cá, né?!

^^