
Enquanto eu conversava com ele, me senti na estranha obrigação de oferecer uma atenção gentil. Mas eu conseguia olhar para ele sem a sentida piedade de sua existência à beira do fim. Fiquei dividida entre a atenção dispensada para que ele se sentisse vivo, o pensamento sobre o seu verdadeiro sentimento de morte e o medo de chegar àquela idade. Que ingenuidade e prepotência a minha! Ele se sentia mais vivo e satisfeito do que eu, no meu momento de medos e perspectivas.
Ele tem em si a certeza de ter vivido. Certamente, não como houvera desejado quando tinha a minha idade, mas como pode e lutou para viver e também com a festiva certeza de que quando a morte acenar, a tristeza não terá vez, nem a saudade. Ele já cumpriu a sua missão de viver.
Já eu...penso toda hora em fica triste e cada tristeza parece a morte. E essa morte é o fim de uma vida que ainda nem aconteceu.
2 cousas:
A experiência e a tradição de uma história de vida deve ser repensada por nós "jovens" como valores tão grandes quanto os de caráter e os "monetários".
Saibamos olhar para trás e ter atenção para quem só quer a atenção de dividir um pouco tempo.
Ser velho não deve ser encarado como algo feio e/ou inútil. Tudo que somos funciona como um ciclo e absorção de toda a herança cultural e genética daqueles que nos puseram no mundo.
Saber reconhecer isso é nobre e maduro.
E você sabe fazer isso bem!
Olá, parabens esse é o primeiro blog decente ki vejo no blogspot
auhsuahsuhasuashahsu
te fiz um convite no orkut, aceite, por favor!
Postar um comentário